Marcos Monteiro
Somos todos caminhantes pelas feiras de Santana. De ônibus, automóvel, moto ou bicicleta, ou simplesmente à pé, como prefiro. À pé, perco para motos e bicicletas, mas sempre chego primeiro do que ônibus e automóveis.
O trânsito de Feira de Santana é impossível. Nos ônibus, me sinto como carne em panela de sopa, cozinhado lentamente, e nos automóveis como acarajé na chapa, até que liguem o ar condicionado.
São os amigos que me levam de carro por aí. Sendo assim, conheço bares e restaurantes espalhados por todos os cantos, único serviço digno para um automóvel. De carro e de bicicleta não gosto de andar.
Gosto mesmo é de seguir seguindo, caminhante dos mesmos caminhos, sempre iguais e diferentes. Caminho para dentro de mim e para fora, procurando não sei quem ou não sei o que, talvez os cacos de vidro coloridos da minha cidade.
E então descubro que o sol se põe no fim da Presidente Dutra, perto da Praça da Matriz.
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